Evento 28/03

Estamos cercados por produtos de couro. Móveis, acessórios de moda e interiores de carros têm couro em comum. Apesar de sua difusão, o couro não tem recebido a mesma atenção quando se trata de riscos de desmatamento em comparação com outras commodities, como soja e óleo de palma. Isso se deve em grande parte à narrativa enganosa de que o couro é um resíduo da indústria da carne bovina e, portanto, comprar couro é uma forma de reciclagem. Essa narrativa é prejudicial por isentar o setor coureiro e os consumidores de responsabilidades ambientais. No Brasil, a pecuária foi responsável por 75% do desmatamento da Amazônia nos últimos anos. O país possui o maior rebanho bovino do mundo, com 224,6 milhões de cabeças de gado em 2021, e exporta impressionantes 80% de sua produção de couro. 


A narrativa de que o couro é um produto residual também supervisiona que o couro representa um mercado multibilionário. Somente em 2021, o mercado de artigos de couro foi avaliado em mais de 700 bilhões de dólares. O novo estudo da Natural Intelligence (NINT) encomendado pela Rainforest Foundation Norway (RFN) mapeou a importância econômica de couros e peles para frigoríficos no Brasil à luz do novo regulamento de desmatamento da União Europeia (EUDR) aprovado em dezembro de 2022, que restringe a importação de commodities potencialmente ligadas a desmatamento. 


Neste evento conduzido em inglês, os palestrantes irão abordar os principais insights trazidos pela publicação, bem como os potenciais impactos para investidores, empreendedores e sociedade civil. 

Assista ao Webinar
Share by: