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Rede D'Or, Gerdau, Neoenergia, Vibra Energia e Petrobras são destaque nesta edição do Alerta ESG


Nossa equipe de analistas seleciona, semanalmente, os principais fatos ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança coorporativa) que podem afetar as +200 empresas brasileiras listadas em nossa cobertura. Estas são as notícias da última semana:

 

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IMPACTO:  NEGATIVO | SEVERO



Médico da Rede D’Or é acusado de racismo após dizer que daria “carta de alforria” à paciente


A paciente Aline Vargas, que havia sido internada por princípio de pneumonia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Luiz, localizado no bairro Jabaquara de São Paulo (SP), denunciou um episódio de racismo sofrido por um médico plantonista do local. Ela relatou em entrevista à Alma Preta Jornalismo que, ao indagar sobre sua alta ao funcionário, "ele disse que conversaria com os médicos de plantão e que depois me daria a carta de alforria. Depois deu risada e saiu". 


Ao denunciar o ocorrido para enfermeira, a vítima conta que o médico retornou para se desculpar e disse que era uma brincadeira que sempre fazia. Ao explicar ao funcionário sobre a violência de suas atitudes, Aline foi ofendida novamente, e no final esse ainda falou: "até que você argumenta bem”. 


A vítima contou com o apoio de sua namorada e de parte da equipe de enfermagem, mas relata que após sua denúncia, o hospital antecipou sua alta, sem sequer passar seu quadro clínico para sua acompanhante. Isso fez com que precisasse procurar outra unidade de saúde, já que seu quadro não havia apresentado melhoras. 


A companheira de Aline procurou a ouvidoria local, com a qual só conseguiu entrar em contato por meio de um formulário online, e afirma que em retorno eles se colocaram à disposição para uma retratação, mas que após sua indagação sobre qual seria o posicionamento do hospital, não obteve resposta. 


O Hospital São Luiz Jabaquara foi inaugurado em 2012, após compra do Hospital Nossa Senhora de Lourdes pela rede privada D’Or São Luiz. A unidade se manifestou afirmando que repudia qualquer tipo de discriminação, e que o caso foi encaminhado para o Conselho de Ética Médica, ligado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Adicionou também que tentou contato com a paciente, mas não obteve sucesso nos números cadastrados, seguindo à disposição para acolhimento e esclarecimentos. 05/07/2023, Jornal do Brasil


IMPACTO: NEGATIVO |  SEVERO


Gerdau é condenada ao pagamento de R$ 2,5 milhões por acionar de forma indevida sirenes de barragem 


A Gerdau Açominas e o Ministério Público de Minas Gerais firmaram um acordo chamado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em relação ao acionamento irregular das sirenes de alerta da barragem dos Alemães, localizada em Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto (MG). No incidente ocorrido em 30 de setembro de 2022, as sirenes foram acionadas equivocadamente durante dois minutos e meio, emitindo uma música clássica utilizada em testes periódicos, não sendo um alerta de evacuação. 

 

Conforme os termos do TAC, a Gerdau concordou em destinar R$ 2,5 milhões para projetos socioambientais em benefício da população local. Além disso, a empresa comprometeu-se a tomar as medidas necessárias para evitar o acionamento irregular das sirenes e garantir a segurança da barragem, incluindo a contratação de equipes técnicas independentes para elaborar relatórios e planos de ação em caso de acionamento indevido. 


A Gerdau também deverá informar regularmente a população por meio de campanhas educativas sobre convivência com o risco. Além disso, a companhia deverá notificar a Defesa Civil e a comunidade, com antecedência mínima de cinco dias, em relação a qualquer atividade nos sistemas de alerta que possa causar acionamento indevido das sirenes. 


No caso de descumprimento das obrigações estipuladas no acordo, a empresa estará sujeita a uma multa diária de R$ 5 mil, cujo valor será destinado ao Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais. A Gerdau informou que cumprirá todas as obrigações previstas no TAC e ressaltou que não houve alteração nos níveis de segurança da barragem dos Alemães, que é continuamente monitorada e opera 100% a seco. 26/06/2023, Valor Econômico


IMPACTO:  POSITIVO 


Neoenergia divulga financiamento no valor de US$ 100 milhões atrelado ao seu desempenho ESG 


A Neoenergia assinou um contrato de financiamento verde no valor de US$ 100 milhões com o Instituto de Crédito Oficial (ICO). O acordo marca o primeiro financiamento direto do ICO a uma empresa do setor de energia no Brasil e também o primeiro Sustainability Linked Loan assinado pelo ICO na América. O prazo do contrato é de 10 anos, com três anos de carência para o pagamento do principal.

 

O ICO é uma entidade pública empresarial da Espanha, cujo objetivo é agregar valor ao financiamento da cadeia empresarial espanhola, visando contribuir para o crescimento sustentável, a criação de empregos e a distribuição de riqueza. 


Esse acordo está alinhado com as metas ESG da empresa, que não foram divulgas expressamente no seu comunicado ao mercado (04/07), mas que incluem a manutenção de uma porcentagem de mulheres eletricistas em suas operações e a redução das emissões de gases de efeito estufa em suas unidades. Em 2026, haverá uma avaliação para verificar se tais metas foram alcançadas, o que pode garantir uma redução no spread da dívida. 05/07/2023, Estadão



IMPACTO: POSITIVO


Vibra e Comerc Energia lançam plataforma de trading de crédito de carbono para impulsionar mercado



A Vibra e a Comerc Energia lançaram uma mesa de negociação de créditos de carbono e certificados de energia renovável, visando um mercado em crescimento à medida que uma série de empresas se aproximam do prazo de 2030 para cumprir suas metas de descarbonização. 


A mesa de negociação irá comprar e vender créditos de projetos sustentáveis, incluindo os da Comerc, empresa da qual a Vibra detém 50% do capital, bem como créditos de terceiros e outros tipos selecionados por curadoria, como os relacionados a florestas. 


O objetivo é oferecer alternativas para que as empresas possam neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa e acelerar a descarbonização de seus processos produtivos. Embora não tenham divulgado projeções de volumes ou receitas, os executivos das empresas reiteraram a expectativa de crescimento desse mercado no Brasil nos próximos anos, principalmente sob cenário em que haja regulamentação. 


Apesar do potencial brasileiro para emissões de créditos de carbono, o país atualmente opera em um mercado voluntário para iniciativas de descarbonização, sem imposições legais para que as empresas compensem ou reduzam suas emissões. A exceção são os CBios, títulos emitidos por produtores de biocombustíveis que as distribuidoras devem adquirir para compensar as vendas de combustíveis fósseis. 


Estudos do Banco Mundial citados por Thiago Natacci, diretor de comercialização de energia e carbono da Comerc, mostram que o mercado voluntário global de créditos de carbono movimenta entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões por ano, enquanto o mercado regulado chega a US$ 95 bilhões. 


Atualmente, muitas empresas estão focadas em reduzir suas emissões diretas e o consumo de eletricidade, mas o escopo 3, que abrange as emissões indiretas ao longo da cadeia produtiva, ainda não recebe tanta atenção. Espera-se um rápido crescimento do mercado de crédito de carbono à medida que as companhias priorizem também o escopo 3 em suas metas de redução de emissões. 


Quanto à regulamentação no Brasil, já existem três projetos de lei sobre o tema em tramitação no Congresso, e o governo pretende apresentar seu próprio projeto. Acredita-se que os esforços do Brasil em se posicionar novamente como uma potência verde serão fundamentais para o avanço da agenda. 04/07/2023, Forbes



Petrobras recebe certificação internacional I-REC, que garante 100% do uso de energia elétrica renovável em suas operações


A Petrobras avançou em seu objetivo de alcançar a neutralidade de emissões de escopo 2 (energia obtida de fornecedores externos) ao adquirir o ‘Renewable Energy Certificate’. O reconhecimento comprova haver somente o uso de energia elétrica proveniente de fontes renováveis nas operações da empresa. As principais fornecedoras de energia elétrica para a Petrobras (CPFL Soluções, Cemig e AES Brasil) participaram na obtenção do certificado. 


A certificação faz parte das metas da petroleira para reduzir em até 30% as emissões totais de suas operações e neutralizá-las até 2050. Além disso, demonstra comprometimento com a descarbonização da matriz energética brasileira. 02/07/2023, Agência Brasil.



Disclaimer: Este relatório não constitui uma recomendação de investimento. As informações contidas neste relatório são baseadas em fontes que a NINT (do inglês “natural intelligence), nova marca da prática de consultoria que atuou sob a marca SITAWI entre 2013 e 2021, acredita serem confiáveis. Entretanto, a precisão, completude e atualização destes dados não podem ser garantidas e, sob nenhuma circunstância, a NINT poderá ser responsabilizada pelas decisões estratégicas, de gestão ou quaisquer outras tomadas com base nas análises aqui apresentadas. Este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário e não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. 


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