Layout do blog

 ESG Research: confira os destaques sobre a performance socioambiental das empresas Alliar, BrasilAgro, Magazine Luiza e Mercado Livre


Plaza S.A., Equatorial Energia, Banco ABC, Iochpe-Maxion, e Cencosud são as atualizações da nossa cobertura desta edição. Para maiores detalhes sobre as análises e como integrar esses temas ESG nas suas decisões de investimento, consulte nossa equipe. Para mais detalhes sobre as análises e como integrar fatores ESG nas suas decisões de investimento, consulte nossa equipe: esgresearch@nintgroup.com 

A Plaza é uma das maiores administradoras de imóveis comerciais (shopping centers) do Chile, com operação no Peru e Colômbia também. Um dos principais impactos ambientais de sua operação está relacionado ao consumo de energia. A companhia informa em seu último Relatório de Sustentabilidade que 74,2% da energia consumida em 2021 foi proveniente de matrizes renováveis não convencionais, em especial energia solar. A Plaza também divulgou a meta de encerrar o ano de 2022 com 100% de consumo proveniente de matrizes renováveis no Chile e Peru, o que representa cerca de 92,5% da operação. Esta meta se une à outras duas metas ambientais adotadas pela empresa: reduzir em 30% seu consumo de água e aumentar em 60% a recuperação de resíduos até 2025. Estas três metas são parte do compromisso net-zero até 2030 da Plaza, que também aderiu ao Alliance for Climate Action (ACA Chile). 


A Plaza conta com 33% de membros independentes e duas mulheres (22%) no seu conselho de administração, enquanto na diretoria executiva 23% dos membros são mulheres, o que denota uma baixa diversidade de gênero na alta liderança da companhia. 



Em setembro de 2021, a companhia que atua prioritariamente no setor elétrico, expandiu sua atuação para o segmento de saneamento com a aquisição da Companhia de Saneamento do Amapá (CSA). Em outubro, ela também deu entrada em um novo segmento do setor de energia elétrica, através da aquisição da Echoenergia, de geração renovável, fazendo com o que o grupo avance e se torne uma multi utility. Outro destaque nas movimentações de atividades do grupo foi o acordo de venda da totalidade da participação societária na Gera Maranhão, significando a saída do grupo de uma usina de geração de energia a diesel. Mais recentemente, a empresa também adquiriu a distribuidora Celg de Goiás, anteriormente parte da Enel.


No que diz respeito a transparência de indicadores ESG, após não relatar suas emissões de gases de efeito estufa em 2020, a companhia voltou a contabilizá-las para o ano de 2021. A companhia ainda dará início ao seu Plano de Posicionamento Climático, definindo as ações e os projetos que levarão à redução das emissões no médio e longo prazo, bem como ao mapeamento de riscos em mudanças climáticas. 


Outro tema relevante desta dimensão respeito à qualidade de seus serviços. As distribuidoras da Equatorial no Rio Grande do Sul (CEEE-D) e Maranhão ficaram posicionadas, respectivamente, na última e penúltima posição no ranking da ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC) em 2021. No entanto, vale ressaltar que a distribuidora gaúcha foi privatizada em março deste ano, e passa por processo de reestruturação sob o comando da Equatorial. Além disso, a avaliação das distribuidoras no Índice de Satisfação da Qualidade Percebida (ISQP) da Abradee também piorou em relação a 2020. 


O desempenho em relação à segurança das comunidades pode ser observado pela taxa de frequência de acidentes em comunidades, bem como a taxa de gravidade, que veio aumentando nos últimos anos nas distribuidoras Equatorial Maranhão, Pará e Alagoas. Em 2021, foram investidos mais de R$ 2,5 milhões em campanhas de comunicação para alertar sobre os riscos de acidentes com a rede elétrica. 


Por fim, em novembro de 2021, a Equatorial foi denunciada por fornecer energia sem as autorizações e necessárias a invasores de áreas indígenas na região do médio Xingu (PA). Perguntada sobre o tema, a Equatorial alega que cumpre todas as exigências legais para fornecimento de energia na região.


Em 2021, o Banco ABC Brasil avançou em suas ações de transparência e governança de temas ESG: divulgou o primeiro Relatório de Sustentabilidade da companhia; e criou uma área dedicada ao tema e um comitê multidisciplinar, subdividido em quatro pilares de atuação: Institucional, Impacto das Atividades, Negócios Sustentáveis e Social. 


Em 2021, o banco alocou cerca de R$ 3,2 bilhões para o financiamento de projetos com foco em mudanças climáticas, saúde, educação, energia renovável, diversidade e criação de empregos. Parte do valor alocado foi captado através da emissão de social bonds. 


No tópico de mudanças climáticas, o ABC elaborou seu primeiro inventário de gases de efeito estufa e utilizou créditos de carbono de um projeto de geração de energia eólica para fins de compensação suas emissões de escopo 1 e 2. 


Por outro lado, os bancos estão expostos a riscos das mudanças climáticas dentro de sua carteira de crédito. No caso do Banco ABC, os ativos de financiamento e empréstimo para o setor de agronegócio e de geração de energia representam, respectivamente, cerca de 21% e 10% de sua carteira de crédito, e ficam expostos a riscos físicos - como a perda de produtividade devido a eventos climáticos extremos. Em adição, há ainda o risco de transição, referente à concessão de crédito a indústrias incompatíveis com a economia de baixo carbono - como a petroquímica e de óleo e gás. 


Apesar dos avanços na agenda ambiental, no que tange à diversidade e inclusão há ainda significativo espaço para evolução: dentre seus 899 colaboradores próprios, apenas 1,7% de estavam inseridos na categoria de PcD em 2021 (parcela aquém dos 4% exigidos pela lei brasileira para companhias entre 800 e 1000 funcionários); de todo seu quadro de funcionários, apenas 3% é autodeclarado negro e 33% são mulheres, sendo que dentre os 27 membros da alta liderança, nenhum é negro e apenas duas são mulheres. Por fim, não há mulheres integrando o Conselho de Administração da companhia. 



Em 2021, a Iochpe-Maxion captou U$S 400 milhões com sua primeira emissão de títulos de dívida vinculados à sustentabilidade (SLB). Com uma taxa de 5,25% e prazo de sete anos, a estrutura do financiamento ligado à sustentabilidade da empresa traz como meta a redução de 30% das emissões de gases do efeito estufa, de escopo 1 e 2, até 2025, com base nos valores emitidos em 2019. Caso a empresa não cumpra a meta, a taxa será elevada em 25 pontos-base. Esta captação, além de financiar capital de giro, contribuirá para que a empresa atinja suas metas de longo prazo, de reduzir em 70% suas emissões de escopo 1 e 2 até 2030, e ser neutra em carbono até 2040. 


A empresa também lançou a estratégia Roadmap Zero, em abril deste ano, onde traça caminhos pelos quais pretende contribuir para a descarbonização da indústria de mobilidade, a partir da sua posição de líder global na fabricação de rodas automotivas. Por meio de iniciativas de eficiência energética, aquisição de energia renovável, inovações nos designs dos produtos e desenvolvimento de materiais leves para estruturas automotivas, segmento que respondeu por 24% da receita da empresa em 2021, a Iochpe-Maxion pretende atingir a neutralidade em carbono sem lançar mão de qualquer tipo de compensação, conforme revela o Presidente e CEO da empresa, Marcos Oliveira. 


Em saúde e segurança ocupacional, a Iochpe-Maxion vem apresentando uma consistente redução em sua taxa de frequência de acidentes, que chegou a 1,99 acidente para cada 200 mil horas-homem trabalhadas (HHT), em 2021. O dado representa uma queda de 21% em relação ao verificado em 2019, sendo 31% menor que 2018, primeiro ano da série histórica disponibilizada pela empresa. 



Em 2021, a Cencosud designou um Comitê de Sustentabilidade, visando avançar em diretrizes, metas e métricas para sua estratégia de negócios sustentáveis. Como foco para a gestão de sustentabilidade, a empresa elegeu questões relacionadas à governança corporativa, gestão de pessoas (trabalhadores, consumidores e comunidades), produtos e ao planeta, contemplando princípios de marketing responsável, estratégia de mudança climática, política de diversidade e inclusão, entre outros. 


Em relação ao desperdício de alimentos, onde diversos pares do setor buscam oferecer descontos para a venda dos chamados alimentos ‘feios’, a Cencosud tem visado fortalecer o papel das doações, que realiza por meio do seu programa Food Rescue. Em 2021, foram duas mil toneladas de alimentos doados, nos cinco países em que opera. 


Após um ataque cibernético, em novembro de 2020, que chegou a impactar as vendas em algumas lojas da empresa na Argentina, a Agencia de Acceso a la Información Pública (AAIP), autoridade de proteção de dados daquele país, multou a empresa em fevereiro deste ano, em cerca de R$ 10 mil reais. Segundo a AAIP, as respostas da Cencosud foram insuficientes, e a empresa não implementou as medidas de segurança necessárias para prevenir e gerir os incidentes de segurança, conforme requerido pela Lei de Proteção de Dados Pessoais (PDPL) da Argentina. 



Confira o Alerta ESG desta semana e cadastre-se para receber em primeira mão as análises dos especialistas da NINT em seu e-mail. 



Disclaimer: Este relatório não constitui uma recomendação de investimento. As informações contidas neste relatório são baseadas em fontes que a NINT (do inglês “natural intelligence), nova marca da prática de consultoria que atuou sob a marca SITAWI entre 2013 e 2021, acredita serem confiáveis. Entretanto, a precisão, completude e atualização destes dados não podem ser garantidas e, sob nenhuma circunstância, a NINT poderá ser responsabilizada pelas decisões estratégicas, de gestão ou quaisquer outras tomadas com base nas análises aqui apresentadas. Este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário e não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. 


Por Mayara Rufino 14 mai., 2024
Com a integração da NINT ao negócio, ERM reestrutura gestão visando protagonismo no mercado de Finanças Sustentáveis
Por Hugo Barreto 18 abr., 2024
ESG Research: 3Tentos e JBS
Por Hugo Barreto 18 abr., 2024
SLC Agrícola, JHSF, Petrobras, Gerdau e Vale são destaque nesta edição do Alerta ESG
Por Hugo Barreto 16 abr., 2024
Entenda como nossa equipe de especialistas pode auxiliar a sua instituição financeira a se engajar no desenvolvimento de PFS
Por Mayara Rufino 09 abr., 2024
ERM anuncia novo comando da operação do Brasil
Projeto com foco na promoção de uma transição justa para uma economia de baixo carbono terá a CAIXA
Por Mayara Rufino 08 abr., 2024
Projeto com foco na promoção de uma transição justa para uma economia de baixo carbono terá a CAIXA como beneficiária
Por Hugo Barreto 04 abr., 2024
Rede D'or, Marfrig, Zamp, Petrobras e Usiminas são destaque nesta edição do Alerta ESG
Por Hugo Barreto 09 mai., 2024
ESG Research: Track&Field e Cury
Por Hugo Barreto 27 mar., 2024
Vale, Cemig, Dexco e Banco do Brasil são destaque nesta edição do  Alerta ESG
Por Hugo Barreto 27 mar., 2024
ESG Research: Orbia e Dexco
Mais Posts
Share by: