IMPACTO:  NEGATIVO | MODERADO

Ambev é condenada por assédio moral 

Condenada pela 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a cervejaria Ambev deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil a um vendedor da cidade de Vitória (ES), que sofreu assédio moral durante 7 anos. Sob o pretexto de cumprir metas, o funcionário era frequentemente ofendido por seus supervisores, gerentes e até colegas de trabalho com termos depreciativos, sujeito a constantes insultos, inclusive de natureza racial. 

Na ação judicial, o vendedor relatou que foi funcionário da Ambev de 2011 a 2017 e que, durante esse período, enfrentou situações que violaram princípios e direitos fundamentais, como respeito mútuo, dignidade humana e a preservação de um ambiente de trabalho saudável. Ainda segundo o autor, alcançar as metas implicavam em uma intensa pressão psicológica, resultando em estresse físico e mental, além de constantes ameaças de demissão. As cobranças eram realizadas de forma pública, com expressões utilizadas como “morto”, “desmotivado”, “negão” e “cara de monstro”. 

Para o relator do TST, essa situação demonstra uma conduta persistente e negligente por parte da Ambev, com argumentos injustificáveis pelo pretexto de humor e “brincadeiras masculinas”. Em sua perspectiva, trata-se de uma estratégia deliberada pela cervejaria, visando motivar o cumprimento de metas dos vendedores, “a despeito de seu sofrimento psíquico-social”. 

O ministro também relembrou que a prática do assédio moral tem gerado inúmeras condenações a empresa, e apesar desse fato, a Ambev mantém o desrespeito da obrigação de proporcionar um ambiente de trabalho sadio. Os relatores ressaltaram ainda como é necessário dar fim a naturalização da discriminação e da prática injustificável de “brincadeiras” abusivas. A empresa não se pronunciou sobre o ocorrido. 14/09/2023. Valor Econômico. 

IMPACTO: NEGATIVO | BAIXO

Roupa comparada com uniforme de campos de concentração provoca críticas a Riachuelo

A Riachuelo, do grupo Guararapes, foi alvo de críticas pela venda de peças de roupa que, segundo internautas, remetiam a uniforme de campos de concentração nazistas da 2⁰ Guerra Mundial. O conjunto listrado azul e branco viralizou e foi comentado nas redes sociais pela especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP, Maria Eugênya, que afirmou ser necessário "conhecer a história" e acreditar que é "puro cinismo" posicionar o "uso estético acima de crítica ou memória histórica". 

Em nota enviada após a polêmica, a empresa pediu desculpas e ressaltou que a escolha do modelo e cores do conjunto "realmente foi uma infelicidade", além de anunciar que todas as peças já estão sendo retiradas das lojas e do e-commerce da companhia. 11/09/2023, G1. 

IMPACTO: POSITIVO

Petrobras e WEG assinam acordo de R$ 130 milhões para desenvolver aerogerador onshore de 7 MW 

Por meio de fato relevante divulgado na última quarta-feira, 13, a Petrobras anunciou uma parceria com a multinacional brasileira de eletroeletrônicos WEG para desenvolver um aerogerador onshore de 7 megawatts (MW) no Brasil.

Segundo o informe, este projeto é pioneiro no país e receberá um investimento de aproximadamente R$ 130 milhões da Petrobras, com aportes no prazo de 25 meses a partir da assinatura do acordo. A produção em série do aerogerador está prevista para começar em 2025.

A parceria inclui o desenvolvimento de tecnologias para produção dos componentes do aerogerador adaptados às condições eólicas brasileiras, bem como a construção e testes de um protótipo. A Petrobras considera a iniciativa como um marco importante para a empresa, de forma a impulsionar tanto seu conhecimento em tecnologia de energia eólica quanto a transição energética nacional. 13/09/2023, CNN Brasil. 

IMPACTO: POSITIVO

Eletrobras finaliza a venda de usina termoelétrica de Candiota, seu último ativo movido a carvão 

A Eletrobras vendeu para o grupo Âmbar Energia a usina termoelétrica de Candiota-RS por R$ 72 milhões, em linha com seu compromisso de descarbonização e com a meta net zero até 2030. A usina, que era detida pela Eletrobras CGT Eletrosul, possui capacidade instalada de 350MW e representava cerca de um terço das emissões totais da companhia.

Conforme a Eletrobras, essa ação está em sintonia com seu plano estratégico, que se concentra na simplificação da estrutura, na diminuição de obrigações financeiras e na meta de zerar suas emissões líquidas de CO2 até 2030. Além dessas iniciativas alinhadas ao plano estratégico, a empresa também concluiu recentemente a venda do parque térmico a gás, conforme anunciado em comunicado de 7 de julho de 2023. 08/09/2023, InfoMoney. 

IMPACTO: POSITIVO

Petrobras realiza sua primeira aquisição de créditos de carbono 

A Petrobras fez sua estreia no mercado voluntário de créditos de carbono ao adquirir 175 mil créditos provenientes da preservação de 570 hectares da floresta amazônica. 

Os créditos foram comprados do Projeto Envira Amazônia, com certificação da Verra, especializada em verificações REDD+. O investimento inicial é parte de um plano que prevê até US$ 120 milhões em créditos até 2027, com foco em soluções baseadas na natureza que ajudem a conservar os biomas brasileiros. 

A empresa vê essa compra como parte importante de sua estratégia para compensar emissões de gases de efeito estufa, complementando a descarbonização. No entanto, também ressalta estar buscando redução da intensidade de carbono de suas operações. 05/09/2023, Capital Reset.