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CCR, Companhia Siderúrgica Nacional, Carrefour e Banco do Brasil são destaque nesta edição do Alerta ESG


Nossa equipe de analistas seleciona, semanalmente, os principais fatos ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança coorporativa) que podem afetar as +200 empresas brasileiras listadas em nossa cobertura. Estas são as notícias da última semana:

 

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IMPACTO:  NEGATIVO | SEVERO


Controlada da CCR firma TAC com o Ministério Público no valor de R$ 150 milhões   


A empresa firmou Termo de Ajustamento de Conduta, junto ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo, as promotorias de Justiça do Patrimônio Público e Social e a Promotoria de Justiça do Consumidor.


O acordo encerra discussões relacionadas às Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da rede de trens metropolitanos de São Paulo. Conforme os termos do TAC, a ViaMobilidade, subsidiária da CCR, assume o compromisso de pagar uma indenização total de R$ 150 milhões. Desse montante, R$ 3 milhões serão destinados ao Fundo de Interesses Difusos, enquanto os R$ 147 milhões restantes serão direcionados a investimentos não originalmente previstos no Contrato de Concessão.


Apesar do acordo, o Contrato de Concessão permanece vigente, mantendo o Estado de São Paulo e a Concessionária sujeitos às obrigações e medidas nele estabelecidas. 16/11/2023, ADVFN Brazil.


IMPACTO:  NEGATIVO | SEVERO


Funcionário morre em acidente de trabalho na CSN, em Porto Real 


Um trabalhador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), especializado em manutenção elétrica, faleceu durante o expediente na manhã do último dia 16 em Porto Real, no estado do Rio de Janeiro. A assessoria de comunicação da CSN informou que o jovem de 25 anos sofreu um incidente em um dispositivo elétrico. O trabalhador foi socorrido e levado a um hospital, no entanto não resistiu aos ferimentos. 


Este não é o primeiro acidente que termina em óbito nas operações da companhia no ano. Até o momento, foram registrados outros 3 acidentes fatais na Usina Presidente Vargas. 16/11/2023, G1 e O Dia.


IMPACTO:  NEGATIVO | SEVERO


Carrefour é condenado a indenizar funcionária demitida após denunciar racismo  


A rede Carrefour foi condenada ao pagamento de indenização de R$ 15 mil a uma trabalhadora demitida após denunciar atos de racismo e xenofobia praticados por uma colega no ambiente de trabalho. Segundo a funcionária, ela comunicou o incidente ao seu superior e ao setor de recursos humanos, sem sucesso na resolução. Diante disso, recorreu ao disque denúncia interno da empresa e registrou queixa na polícia por injúria racial, desencadeando uma investigação interna.


A empresa demitiu não apenas a funcionária acusada das ofensas, mas também a vítima e outra empregada que, segundo a Justiça, esteve envolvida nas denúncias. A juíza responsável pela decisão considerou que a demissão da funcionária prejudicada decorreu de sua iniciativa em denunciar a discriminação.


O Carrefour refutou a alegação de que a demissão da funcionária afetada foi resultado de sua denúncia, mas a justificativa não foi aceita pela magistrada. A rede ainda tem a opção de recorrer da decisão.


A empresa já registrou outros casos de racismo em suas unidades, como o assassinato de João Alberto Freitas em 2020, em uma unidade da Rede em Porto Alegre, e uma agressão a outro cliente que estava na unidade de São Bernardo do Campo - SP no ano de 2018, quando este ficou com sequelas pela violência sofrida. Em ambos os casos as pessoas agredidas eram negras, e atualmente os processos permanecem em tramitação. 20/11/2023, G1 




Banco do Brasil pede perdão formal por atividades em economia escravista do século 19  


O Banco do Brasil divulgou um conjunto de iniciativas no último dia 18 para enfrentar o racismo estrutural, após o Ministério Público Federal iniciar uma investigação sobre a participação da instituição no tráfico e escravidão de africanos no século 19. A presidente, Tarciana Medeiros, primeira mulher negra na posição desde 1808, veio a público pedir perdão em nome da instituição à população negra por suas ações passadas. 


O banco ainda emitiu uma carta aberta aos movimentos negros, reconhecendo as sequelas do período e destacando a necessidade de medidas estruturais. Nesse sentido, o BB comprometeu-se com a inclusão racial, instituindo medidas como: a inclusão de cláusulas de diversidade em contratos, acordo para direcionar menores aprendizes ao mercado de trabalho, promoção de seminários sobre diversidade para empresas estatais e fornecedores parceiros, divulgação de edital para oferecer suporte a iniciativas de mulheres negras, e programa para o desenvolvimento da carreira de colaboradores pretos e pardos. 


O inquérito foi iniciado por 14 historiadores, que em suas pesquisas revelaram a ligação do Banco do Brasil com a economia escravista. A escravidão é enquadrada como crime contra a humanidade, o que permite ações judiciais relacionadas ao passado.


Os estudos destacaram que alguns dos fundadores e acionistas do banco incluíam grandes contrabandistas de escravizados, como José Bernardino de Sá. O BB também realizou empréstimos a fazendeiros donos de escravizados, como os Irmãos Breves, que eram conhecidos como os maiores proprietários de escravizados do país. Os pesquisadores ainda indicam que todo o sistema financeiro do período se apoiava na escravidão, mas ressaltaram que mais pesquisas são necessárias para identificar a participação de cada instituição. 19/11/2023, Estado de Minas



Disclaimer: Este relatório não constitui uma recomendação de investimento. As informações contidas neste relatório são baseadas em fontes que a NINT (do inglês “natural intelligence), nova marca da prática de consultoria que atuou sob a marca SITAWI entre 2013 e 2021, acredita serem confiáveis. Entretanto, a precisão, completude e atualização destes dados não podem ser garantidas e, sob nenhuma circunstância, a NINT poderá ser responsabilizada pelas decisões estratégicas, de gestão ou quaisquer outras tomadas com base nas análises aqui apresentadas. Este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário e não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. 


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