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Raízen, JBS, Minerva Foods, BRF e Vibra Energia são destaque na análise da semana


Nossa equipe de analistas seleciona, semanalmente, os principais fatos ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança coorporativa) que podem afetar as +200 empresas brasileiras listadas em nossa cobertura. Estas são as notícias da última semana:

 

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IMPACTO:  NEGATIVO  | MODERADO 



Vibra e Raízen são multadas pelo Cade por prática anticoncorrencial 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apontou prática anticoncorrencial por parte das empresas e multou a Vibra em R$ 62 milhões e a Raízen em R$ 61 milhões, por dificultarem o acesso à infraestrutura de querosene de aviação (QAV) pela Gran Petro no aeroporto internacional de Guarulhos. Apesar de ser um caso antigo, que se iniciou em 2014 através de uma representação feita pela Gran Petro, os valores que foram fixados na multa foram divulgados na quarta-feira passada (09/10). 10/11/2022, Valor Econômico.




IMPACTO: NEGATIVO | SEVERO


Investigação revela que JBS e Minerva teriam comprado mais de 9 mil bois ilegais do 'maior desmatador do país' na Amazônia


A investigação foi feita pela Repórter Brasil em parceria com o Greenpeace Brasil e o Unearthed. A matéria revela que a JBS comprou 8.785 cabeças de gado de três fazendas que seriam responsáveis por desmatamento no estado de Rondônia. As fazendas pertenceriam a um grupo com histórico de de infração ambiental no estado, cujo líder, Chaules Volban Pozzebon, está preso por extração ilegal de madeira e acusado de diversos crimes ambientais e desmatamento. O mesmo grupo teria sofrido condenações por trabalho análogo ao escravo. As transações ocorreram, pelo menos, entre 2018 e 2022. Outra gigante do setor, a Minerva Foods, também teria adquirido 672 animais de uma das fazendas com histórico de desmatamento ilegal do grupo. A aquisição ocorrera em 2021, embora o frigorífico tenha confirmado que a fazenda estava bloqueada em seu sistema desde 2018". 


Apesar de todas as transações ilegais de madeira na Amazônia, eram as vendas de gado para a JBS, Minerva e outros frigoríficos que formavam uma das principais fontes de receita do grupo de Pozzebon. Segundo documentos da Polícia Federal, o grupo recebeu da JBS R$ 47 milhões, apenas entre 2015 e 2019. A companhia confirma os pagamentos feitos desde 2015, que "se referem à compra de gado" — admitindo que os negócios com o grupo são anteriores aos dados de compra rastreados pela Repórter Brasil. A Minerva também aparece como financiadora do grupo em 2018, no valor de R$ 1,3 milhão. O fato revela a existência de relações anteriores às compras feitas em 2021. 



As compras da JBS foram registradas em seu sistema como tendo origem uma outra fazenda, do mesmo grupo, onde não constariam infrações ambientais. Em nota, a companhia disse que, "a partir das informações apresentadas pela Repórter Brasil, ficou claro que o grupo mencionado vinha, de má-fé, se valendo da conivência de funcionários da JBS para burlar o sistema e enviar gado produzido em fazendas com irregularidades socioambientais", prática conhecida como triangulação de gado. No entanto, a companhia tinha meios para checar essa informação, visto que os nomes das fazendas de origem estão registrados nas GTAs (Guias de Trânsito Animal) das transações. A JBS também diz ter demitido funcionários envolvidos e que pretende "buscar reparação na Justiça pelos danos sofridos". A Minerva preferiu não comentar o caso e disse apenas que está "apurando o ocorrido com base nos dados que estão públicos". 10/11/2022, Repórter Brasil.


 




IMPACTO: NEGATIVO | MODERADO


Morre segunda vítima de intoxicação por amônia em frigorífico da BRF e Goiás

Em Goiás, na cidade Rio Verde, faleceu o trabalhador Manoel Paulino, como consequência de uma intoxicação que procedeu após vazamento do gás amônia. O colaborador sofreu com múltiplas queimaduras, e também precisou ser entubado e seu estado geral era considerado grave. O Sr. Manuel é a segunda vítima desse tipo de vazamento. Há dois meses, outro colaborador, Antônio Cardoso Brandão, também faleceu em decorrência desse vazamento. Um quadro geral da empresa indica que, nessa unidade, doze funcionários foram intoxicados no total, mas dez já se recuperam. Em nota, a BRF lamenta o ocorrido e informa que prestou toda a assistência aos familiares de Manoel, e que segue colaborando com as autoridades para apurarem o caso. 08/11/2022. Metrópoles.


IMPACTO: NEGATIVO | BAIXO



TRF mantém condenação sobre a Raízen de R$ 1,97 milhão por distribuir combustíveis adulterados 

A punição aplicada a Raízen foi feita pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2016, e mantida pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da Segunda Região), em novembro de 2022, no que é considerado pela agência o maior caso de adulteração do país. A empresa foi condenada tendo em vista que teria responsabilidade no caso por não ter verificado a qualidade do álcool comprado de uma usina. O produto tinha alta concentração de metanol, substância potencialmente fatal quando inalada. Ao todo, a Raízen adquiriu mais de 2,9 milhões de litros de etanol adulterado, segundo dados da ANP. 10/11/2022, Estado de Minas.




IMPACTO: NEUTRO


STJ anula multa de R$ 700 milhões contra a Gerdau por suposta formação de cartel 



Em 2005, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou a Gerdau, juntamente com outras empresas siderúrgicas, por formação de cartel. A multa aplicada era equivalente a 7% do seu faturamento bruto obtido em 1999, o ano anterior ao início da investigação das denúncias. Desse modo, o valor da multa que foi aplicado na época ultrapassaria R$ 700 milhões em valores atualizados. No entanto, após julgamento do recurso especial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu nulidade ao julgamento do processo administrativo pelo Cade, derrubando a multa de R$ 700 milhões que havia sido aplicada. 08/11/2022, JOTA.
   


IMPACTO: NEUTRO


BRK conclui emissão de "debêntures azuis" incentivadas no valor de R$ 1,95 bilhão 

A BRK Ambiental fez uma emissão com prazo de 20 anos (vencimento em junho de 2042) no valor de R$ 1,95 bilhão por meio de sua concessionária da região metropolitana de Maceió. A emissão recebeu o selo de “debêntures azuis”, subcategoria de títulos verdes voltados a financiar projetos ligados a recursos hídricos. A emissão é a maior do setor de saneamento e se destaca por se tratar de um “project finance”, onde os próprios recebíveis da concessão entram como garantia do empréstimo. 10/11/2022, Valor Econômico.


IMPACTO: POSITIVO


Auren Energia adquire parte de startup e entra no mercado de geração distribuída 


A empresa anunciou a compra de até 15% do capital social da Flora Energia, uma startup que atua no segmento de Geração Distribuída (GD). Segundo a Auren, o objetivo dessa compra é estimular a sua presença no mercado livre de energia. Esse é o terceiro investimento da empresa no último ano, sendo os outros as aquisições da Aquarela e Way 2, ambas empresas da área de inovação com foco em tecnologia e ciência de dados. Segundo o vice-presidente de clientes e comercialização da Auren, Raul Cadena, esse investimento na Flora possibilita a abertura de mais uma frente de negócio e amplia a atuação da empresa no crescimento do mercado livre. A Flora foi fundada em 2020, oferecendo acesso a energia renovável ao pequeno consumidor de energia através de modelo de assinatura, no qual a adesão é realizada via cadastro da conta de luz da residência na plataforma da empresa. 07/11/2022, Valor Econômico.


IMPACTO: POSITIVO


Auren Energia adquire parte de startup e entra no mercado de geração distribuída 


A empresa anunciou a compra de até 15% do capital social da Flora Energia, uma startup que atua no segmento de Geração Distribuída (GD). Segundo a Auren, o objetivo dessa compra é estimular a sua presença no mercado livre de energia. Esse é o terceiro investimento da empresa no último ano, sendo os outros as aquisições da Aquarela e Way 2, ambas empresas da área de inovação com foco em tecnologia e ciência de dados. Segundo o vice-presidente de clientes e comercialização da Auren, Raul Cadena, esse investimento na Flora possibilita a abertura de mais uma frente de negócio e amplia a atuação da empresa no crescimento do mercado livre. A Flora foi fundada em 2020, oferecendo acesso a energia renovável ao pequeno consumidor de energia através de modelo de assinatura, no qual a adesão é realizada via cadastro da conta de luz da residência na plataforma da empresa. 07/11/2022, Valor Econômico.


IMPACTO: POSITIVO


Raízen lança serviço de carregadores de veículos elétricos por assinatura 



Chamado de charging as a service, a solução oferece carregadores rápidos com potência para abastecer carros, vans e caminhões utilitários leves entre uma e duas horas. O serviço é direcionado a concessionárias e frotistas que têm muitos veículos. O serviço também nclui uma plataforma digital de gestão e inteligência energética, que informa quanto de energia foi consumida durante as recargas, e a Raízen ficará responsável por realizar manutenções preventivas para garantir a operacionalidade do equipamento. A companhia também oferece apoio em todo o processo de transição energética com uma solução integrada, que pode englobar energia renovável produzida pela Raízen por meio de geração distribuída e migração para o mercado livre de energia, além da emissão de certificados I-RECs. 08/11/2022, Canal Energia.



Disclaimer: Este relatório não constitui uma recomendação de investimento. As informações contidas neste relatório são baseadas em fontes que a NINT (do inglês “natural intelligence), nova marca da prática de consultoria que atuou sob a marca SITAWI entre 2013 e 2021, acredita serem confiáveis. Entretanto, a precisão, completude e atualização destes dados não podem ser garantidas e, sob nenhuma circunstância, a NINT poderá ser responsabilizada pelas decisões estratégicas, de gestão ou quaisquer outras tomadas com base nas análises aqui apresentadas. Este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário e não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. 


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